Em texto ficcionais, existem quatro perspectivas sobre o tempo a serem consideradas: o tempo cronológico, o tempo histórico, o tempo da ação e o tempo psicológico.
Tudo isso constitui o tempo narrativo, a forma como o escritor caracteriza, organiza e manipula o tempo ao longo do texto.
Tempo Cronológico
O tempo cronológico determina o montante de tempo que se passa da primeira à última cena do enredo. Histórias que duram apenas alguns poucos segundos, minutos ou horas permitem ao escritor intensificar o senso de urgência do conflito. Histórias que duram alguns dias, semanas ou meses permitem ao escritor intensificar o conflito progressivamente. Histórias que duram anos, décadas ou séculos permitem ao escritor mostrar as origens de um conflito e suas implicações ao longo de um longo período de tempo.
Tempo Histórico
O tempo histórico determina se a história acontece no passado (a história é ambientada em um passado próximo ou distante, em uma década, século ou período histórico específico), no presente (a história é ambientada no momento presente, em um sociedade que reflete o mundo em que vivemos hoje) ou no futuro (a história é ambientada em um futuro próximo ou distante, diferente do mundo em que vivemos hoje).
Tempo da Ação
O tempo da ação determina se os eventos do enredo já aconteceram no passado (“Heitor limpou as mãos nas calças e coçou a parte de trás da cabeça”), estão acontecendo no presente (“Heitor limpa as mãos nas calças e coça a parte de trás da cabeça”) ou (em casos raros) acontecerão no futuro (“Heitor limpará as mãos nas calças e coçará a parte de trás da cabeça”).
Tempo Psicológico
O tempo psicológico determina a percepção interna de um determinado personagem a respeito da passagem do tempo. Em certos momentos da história, o personagem pode, dependendo do seu estado de espírito, sentir alguns segundos se expandirem. Em outros momentos, ele pode sentir algumas horas se compactarem.