Existe uma técnica simples para criar mistério, usada por premiados roteiristas de cinema e tv, escritores de bestsellers e redatores publicitários das melhores agências de propaganda. Tal técnica apela para nosso instinto de sobrevivência que, quando opera em modo automático, está constantemente tentando se certificar que estamos seguros. Como não vivemos mais na selva precisando nos defender dos ataques de mamutes e leões, esse instinto se readaptou aos perigos mais complexos e subjetivos da vida urbana.
Um dos motivos pelos quais investimos grande parte do nosso tempo livre em histórias de ficção é a possibilidade de adicionar ao nosso banco de experiências, sem riscos ou perigos concretos, novas formas de resolução de conflito. Acreditamos que, ao observar como certos personagens lidam com suas dificuldades e dão sentido para seus problemas, poderemos repensar o significado que demos para nossas experiências passadas ou nos prepararmos para, futuramente, enfrentarmos conflitos parecidos.
Essa é a principal função do nosso instinto de sobrevivência hoje em dia: coletar informações que nos ajudem a evitar a recorrência de problemas que já enfrentamos e nos preparar para lidar com conflitos futuros. Por isso, quando uma narrativa desperta nossa curiosidade sobre como um personagem resolverá um problema que relacionamos a nossa vida, nos sentimos compelidos a acompanhar a história até o final.
Qual é a técnica que cria mistério e ajuda a manter o interesse em seus textos? Simplesmente levante uma pergunta intrigante na mente do leitor e faça ele seguir lendo até descobrir a resposta. Assim como este texto acabou de fazer com você.
Leia as dicas 1 à 50.
Leia as dicas 51 à 100.
2 Comments
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Legal mas isso eu já sabia!