Em um vídeo da Saraiva Conteúdo, a escritora Adélia Prado fala sobre a arte de escrever, sua visão sobre o processo criativo e sua voz de escritora.
Ela também filosofa sobre a busca constante de todos os artistas por um momento poético e sobre o papel do escritor como um mediador que existe para conectar pessoas a esses momentos.
Abaixo, meus momentos favoritos:
“Toda obra, o objetivo dela é atingir o momento poético. […] Ela só acontece na hora em que ela vibra poeticamente.”
“Nesse sentido você, eu, ou qualquer autor é instrumento de algo que suplanta, que é maior que ele.”
“Você toca em algo maior que você, melhor que você, mais bonito que você, eterno, não é finito, e que te provoca aquela sensação de sentido. Minha vida tem um sentido. Por alguma razão eu estou aqui. Por alguma razão o absurdo da vida pode ser explicado. […] Eu não dou conta de associar isso a uma outra coisa que não seja ao divino.”
“É nessa experiência pequenininha, miserável, limitada, carente que eu vou dar uma resposta ao absurdo da minha existência e do mundo.”
“Você não aceita a fé, você adere. A arte é a mesma coisa. A natureza to religioso e da experiência poética é absolutamente igual.”
7 Comments
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Ótimo post =D
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Oi Bruno. Achei bem bacana esse vídeo também. Você já leu alguma coisa da Adélia Prado?
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Sim, eu li o Coração Disparado e outro, mas não lembro o titulo, faz um tempo já. E você, já leu?
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Nunca li um livro inteiro da Adélia Prado. Só alguns textos aleatórios.
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Adelia retrata o cotidiano como uma reporter do tempo:detalhes, poesia e beleza!
amo seus versos e nele mergulho… -
O depoimento de Adélia Prado é poesia pura. A fresta pela qual ela diz enxergar o mundo parece mesmo uma janela para o universo. Muito boa entrevista. Parabéns por reproduzi-la em seu blog.
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As palavras da Adélia são mesmo inspiradoras Luiz.