A diferença básica entre narração e diálogo está na forma como o escritor deseja que o leitor tenha contato com os personagens. Diálogos permitem que o escritor dê vida aos habitantes de suas histórias, já que possibilitam ao leitor observar em primeira mão a forma como eles se comportam, se expressam, e se relacionam. Em narração, o escritor seleciona, edita, descreve e analisa os comportamentos do personagem a partir do seu ponto de vista.
Se você quer caracterizar uma professora de português, por exemplo, pode descrever o método militar como ela conduz as aulas, o tom impessoal com que ela trata os alunos, a forma correta e artificial como ela usa o português mesmo em situações informais. A outra opção é demonstrar isso através de diálogos entre a professora e outros personagens, permitindo que o leitor reconheça essas características sem que o escritor precise descrevê-las.
É preciso ter em mente que isso expõe a personagem. Ela não mais estará sendo observada somente através da perspectiva do narrador. Ela está agora em frente ao leitor, sujeito às interpretações diretas de suas falas e comportamentos. Avalie em que momentos você precisa usar narração ou diálogo de acordo com o objetivo de cada cena.
Leia as dicas 1 à 50.
Leia as dicas 51 à 100.
3 Comments
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Gostei das perguntas, poderosas e provocativas. Respondê-las é um exercício de auto-revelação! Parabéns pelo blog incrível.
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Essas perguntas são espelhos, não são Priscila?! Espero que elas provoquem muitas ideias em você. Obrigado pela mensagem.
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Estou no processo de criação.Ainda não sei se deve ter um narrador,eu gostaria que sim para não ficar muito crua a história.porém não acho a situação do narrador está presente ou contando o fato ocorrido.Qual a dica para sair desse embate?